Detalhes do Evento
PROJETO: DIVERSIDADE, CULTURAS AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA: CONHECENDO PARA COMPREENDER E RESPEITAR
Profa. Mestra Analice de Sousa Gomes
Profa. Especialista Denise G. Barros Cintra
Dia 20 de novembro: Dia Nacional da Consciência negra
No dia 18 de novembro, a partir das 19h, no Centro de Convivência da FAJ aconteceu a culminância deste projeto de extensão. Houve palestras com os Professores Doutorandos: Wilson Gomes (UFG), Márcio Beltrão (UFMT) e o Professor especialista: Victor Fernandes (FAJ). Dentre os assuntos discutidos, foram abordadas temáticas relacionadas a cultura afro-brasileira, sobretudo quanto aos aspectos da Capoeira como “jogo luta”, “arte-luta”; sobre os aspectos legais referentes as noções de territorialidade e diretos indígenas e acerca do respeito à diversidade cultural e étnico-racial.
As exposições de objetos representativos, da cultura afro-brasileira e indígena, foram materializados por meio de stands produzidos pelos alunos do 6º período do curso de Ciências Contábeis. Dentre os artefatos expostos, foi possível contemplar pinturas, pratos típicos, ornamentos, vestimentas, instrumentos de caça e pesca, uma oca, esculturas e literaturas indígenas e afro-brasileiras.
O espaço para a representatividade foi promovido pelo grupo de capoeira Candeias de Jussara, coordenado pelo contra-mestre Miúdo. Houve apresentação do Maculelê, dança folclórica de origem africana. Na ocasião, foi possível, também, vislumbrar uma roda de capoeira com a efetivação de movimentos típicos do jogo ao som de cantos e instrumentos afro: berimbaus, pandeiros e atabaque.
Este Projeto de extensão foi idealizado a partir da Disciplina Tópicos II: Relações étnicas e cultura afrodescendente, no 6º período do Curso de Ciências Contábeis. Tal disciplina se efetiva com base nas leis 10.639/2003 e 11.645/2008 que preveem a inclusão da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da Educação Básica e Superior brasileira, trabalhando metodologias e concepções que reafirmem a necessidade do respeito à diversidade cultural, étnica e social no país.
Nesse sentido, a Faculdade de Jussara – FAJ oportuniza aos acadêmicos diferentes possibilidades de atuação prática, visando o preparo para a inserção ao mercado de trabalho e a construção de uma identidade humanizada do futuro profissional. Assim, este projeto, objetiva atender às necessidades curriculares previstas por Leis Federais de Educação e, sobretudo, promover espaços de debates e transmissão de conhecimentos primordiais para conscientização cultural e para o desenvolvimento da capacidade de aceitação e respeito pela diversidade.
A culminância da primeira edição deste projeto aconteceu na Semana que reafirma a construção da consciência de respeito e valorização da cultura afro-brasileira, com o intuito de disseminar o conhecimento acerca das culturas que formam a identidade do povo brasileiro. O Dia da Consciência Negra lembra a morte de Zumbi, o último líder do Quilombo dos Palmares (o maior do período colonial), em 1695. A data (20/11) é celebrada pelos currículos escolares desde 2003 e foi oficialmente instituído em âmbito nacional mediante a lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. Por sua vez, no contexto histórico, as celebrações do 20 de novembro surgiram na segunda metade dos anos 1970, no âmbito das lutas dos movimentos sociais contra o racismo.
Para o Professor Doutor Jarbas Vargas Nascimento (Pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias e docente do Depto. Português, da PUC- SP):
O Dia Nacional da Consciência Negra deve servir para proclamar o direito de igualdade de todos os cidadãos. Deve levar-nos, também, a escancarar nosso desejo do fim de uma sociedade que marginaliza e que exclui negros e negras, impossibilitando-nos acesso a uma vida digna, capaz de assegurar-nos a superação da pobreza material, da pobreza intelectual e, consequentemente, da pobreza moral.
Nesse sentido, tal projeto impulsiona o crescimento intelectual, o desenvolvimento de conhecimentos sobre os aspectos históricos, sociais e culturais das culturas afro-brasileira e indígena, sobretudo, no que concerne à compreensão da própria identidade do povo brasileiro.
Referências
ARAÚJO JÚNIOR, Mozart Martins de. Inỹ - história e identidade cultural: índios Karajá de Buridina. Dissertação (mestrado). Orientador: Prof. Dr. Luiz Eduardo Jorge. Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em História: Goiânia, 2012.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: outubro de 2005.
MONTEIRO, Roberta Amanajás. A inserção do negro na sociedade brasileira do século XIX e a questão da identidade entre classe e raça e raça. Tese de doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Direito - PPGD/UnB. http://bit.ly/2Ss6jLV.
MUNANGA, Kabengele; GOMES, Nilma Lino. Para entender o negro no Brasil de hoje: história, realidades, problemas e caminhos. São Paulo: Ação educativa, 2004.
NASCIMENTO, Jarbas Vargas. PUC-SP em Notícias. Jornal mensal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ano 6 - Novembro 2015. Disponível em: acesso em 25 de novembro de 2019.
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